Alvo de uma devassa do Judiciário, desta vez por suspeita de envolvimento em uma suposta tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) garantiu, nesta sexta-feira (16), que não tem planos de deixar o Brasil. O político conservador admitiu que pode ser preso e disse que vai “morrer na cadeia”.
Quanto às acusações contra ele acerca de uma suposta trama golpista, Bolsonaro se referiu como “golpe da Disney”, já que estava nos Estados Unidos no famigerado 8 de janeiro de 2023. As declarações ocorreram durante entrevista ao canal da rádio AuriVerde Brasil, no YouTube.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) ofereceu denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) apontando o ex-presidente como líder de organização criminosa armada, envolvido em uma tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado por violência e ameaça ao patrimônio público e deterioração de bem tombado.
Se for condenado por todos esses crimes imputados a ele, o líder da direita no Brasil poderá receber pena superior a 40 anos de prisão. A respeito, Bolsonaro comentou:
– Eu, com 40 anos de cadeia no lombo, não tenho recurso para lugar nenhum, eu vou morrer na cadeia. Qual crime? Crime impossível, golpe da Disney. Junto com o Pateta, com a Minnie e com o Pato Donald, que eu estava lá em Orlando, programou esse golpe aí – declarou.
Embora seja de conhecimento público que o ex-chefe do Executivo não estava no Brasil nas datas que envolvem os atos de 8 de janeiro, os ministros do STF Flávio Dino e Cristiano Zanin já disseram que não se faz necessária a presença de uma pessoa em um acontecimento para ela ser considerada como a responsável pelo ocorrido.
Mais uma vez, Jair Bolsonaro denunciou a perseguição do “sistema” que trabalha para impedir sua candidatura em 2026.
Um homem de 47 anos foi encontrado morto nesta quarta-feira (14) em Tianguá, região da Serra da Ibiapaba, no Ceará. Identificado como Antônio Rocha de Sousa, ele causou polêmica nas redes sociais dez dias antes de sua morte, quando gravou um vídeo queimando uma Bíblia.
No registro, publicado no dia 4 de maio, Antônio segura o Livro e diz:
– Isso aqui é uma Bíblia, que dizem que é sagrada. Olha o que ela faz diante do fogo. Ela queima – enquanto coloca fogo nas folhas.
A Polícia Civil informou que investigava Antônio por furto, já que o Livro Sagrado teria sido roubado. Além disso, ele era alvo de apuração por dano e desrespeito a objeto de culto religioso.
O corpo foi localizado com marcas de tiros e as investigações são de homicídio doloso. A polícia ainda não esclareceu se o assassinato tem relação com o vídeo ou com os outros crimes investigados.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública do Ceará, Antônio também tinha antecedentes por lesão corporal. O caso está sendo apurado pela Delegacia de Tianguá.
Carla Zambelli Foto: Vinicius Loures / Câmara dos Deputados
O advogado Daniel Bialski informou nesta sexta-feira (16) que vai pedir prisão domiciliar para a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), condenada na última quarta-feira (14) pelo STF a dez anos de prisão por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Segundo ele, a parlamentar não tem condições de saúde para ficar presa.
Na quinta-feira (15), Zambelli afirmou sofrer de síndrome de Ehlers-Danlos, que afeta os tecidos do corpo, além de problemas cardíacos e depressão. Segundo a deputada, essas doenças impedem que ela fique muito tempo em pé ou sem os cuidados médicos adequados.– Eu não sobreviveria à cadeia – declarou.
Bialski afirmou que vai reunir laudos médicos que comprovem as condições da parlamentar. Com esses documentos, pretende acionar o STF para pedir a conversão da pena em prisão domiciliar, usando embargos declaratórios.
A condenação da deputada inclui, além da pena em regime fechado, perda do mandato, pagamento de indenização e inelegibilidade por oito anos. Ela ainda pode recorrer da decisão.
Na mesma ação, o hacker Walter Delgatti Neto também foi condenado. Ele pegou oito anos e três meses de prisão e segue preso preventivamente. Ambos foram responsabilizados por invasão de sistema e falsidade ideológica.
Zambelli nega envolvimento nos crimes e afirma estar sendo perseguida politicamente.
Janja da Silva Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
A primeira-dama Janja da Silva se manifestou após o vazamento de seu comentário sobre o TikTok durante reunião da comitiva brasileira com o presidente da China, Xi Jinping. Ela apontou que foi vítima de machismo.
A esposa de Lula (PT) teria causado um clima de constrangimento durante encontro com Xi Jinping e a esposa dele, Peng Liyuan. Integrantes da comitiva brasileira relataram à jornalista Andréia Sadi, da GloboNews, que Janja pediu a palavra para falar como a rede social chinesa TikTok causava efeitos nocivos no Brasil. A primeira-dama sugeriu que o algoritmo da plataforma favorece a chamada “extrema-direita”.
Em resposta, Xi Jinping teria dito que o Brasil tem soberania para não apenas regular a rede social, mas até bani-la, se assim o desejar. Além de Xi, Peng Liyuan teria ficado irritada com o comportamento de Janja durante o encontro, que teria sido considerado desrespeitoso para com a figura de Jinping.
– Vejo machismo e misoginia da parte de quem presenciou a reunião e repassou de maneira distorcida o que aconteceu. E vejo a amplificação da misoginia por parte da imprensa, e me entristece que essa amplificação tenha o engajamento de mulheres – falou Janja à CNN Brasil, de acordo com a coluna de Débora Bergamasco.
Nesta terça-feira (13), o senador Eduardo Girão (Novo-CE) criticou a participação do ministro Flávio Dino em uma aula magna na Universidade Dom Bosco, em São Luís (MA), que, segundo ele, foi usada como “palanque eleitoreiro”.
Na visão do parlamentar, a participação do ministro do STF se enquadra como crime de responsabilidade e é passível de punição com impeachment.
– Como estava presente um pré-candidato a governador do estado, Flávio Dino aproveitou para fazer campanha, indicando uma amiga para o cargo de vice. Olhem só a crise institucional em que a gente está, mantida pela falta do trato. Isso fere a lei, que proíbe ministro do STF de ter qualquer atividade político-partidária – disse Girão durante discurso.
Em sua fala, o parlamentar também citou o presidente da Suprema Corte, Roberto Barroso, que participou de eventos patrocinados por empresas que têm processos em tramitação no tribunal. O ministro é aguardado em um evento nos EUA, promovido pela revista Veja, que tem a Refit como a maior patrocinadora.
Acontece que a empresa é a antiga Refinaria de Manguinhos, que tem pelo menos cinco processos ativos na Corte. Trata-se de recursos extraordinários que pedem que o STF autorize a subida dos processos que estão no Tribunal de Justiça para o Supremo.
– O presidente do STF fará uma palestra de abertura num evento promovido pela revista Veja, em Nova Iorque. Sabem quem é o patrocinador master do evento? É a refinaria Refit, do Rio de Janeiro, a antiga Refinaria de Manguinhos, que tem pelo menos cinco processos tramitando no Supremo. É ou não é um conflito explícito de interesses? – questiona.
Além desses casos, o senador criticou ainda os gastos com viagens dos ministros do STF em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB). Barroso, por exemplo, teria gasto R$ 922 mil com voos da FAB entre setembro e dezembro de 2023, primeiros três meses da sua gestão.
O senador cobrou do Senado a apreciação dos pedidos de impeachment contra ministros do Supremo, ressaltando que é autor de três denúncias protocoladas na legislatura atual.
Flávio Dino, ministro do STF Foto: Gustavo Moreno/STF
Nesta quarta-feira (14), o ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), se manifestou sobre críticas de que a Corte não poderia se manifestar sobre decisões da Câmara dos Deputados devido à separação entre os Três Poderes. Durante julgamento de uma ação a respeito dos preços funerários praticados após as privatizações na cidade de São Paulo (SP), ele disse que a ideia poderia ocasionar uma dissolução da República.
Dino, no entanto, não mencionou diretamente o julgamento da decisão da Câmara envolvendo o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ). Na semana passada, a 1ª Turma do Supremo derrubou parte de uma decisão da Câmara que suspendia parte da ação penal contra o parlamentar.
– Esses dias, a 1ª Turma, presidida pelo ministro Cristiano Zanin, em tema relatado pelo ministro Alexandre de Moraes, se defrontou com esta ideia de que a separação de Poderes impediria o colegiado de se pronunciar sobre uma decisão da Câmara. Ora, se assim fosse, nós teríamos uma dissolução da República, porque aí cada poder e ente federado faz sua bandeira, faz o seu hino, emite a sua moeda e supostamente se atende a separação de Poderes – apontou o ministro do STF.
O comentário ocorreu após a procuradora do município, Simone Andrea Coutinho, afirmar que uma intervenção do Judiciário em contratos administrativos poderia ferir a separação de Poderes.
Michelle e Jair Bolsonaro durante manifestação em SP Foto: VINCENT BOSSON/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifestou sobre a possibilidade de sua esposa, Michelle Bolsonaro, concorrer à Presidência em seu lugar, caso ele não consiga reverter a inelegibilidade. Em entrevista ao UOL nesta quarta-feira (14), ele reconheceu que ela “tem o carinho de uma parte considerável da população” e que foi “exemplar” como primeira-dama, mas frisou “não pode bater o martelo agora”.
– A Michelle não pediu para entrar nas pesquisas, botaram o nome dela e ela tem aparecido na frente do Lula. Quem é a Michelle? É uma pessoa como primeira-dama, no meu entendimento, que foi exemplar. É uma mulher, fala bem, é evangélica, então tem o carinho de uma parte considerável da população – apontou.
Ele ainda mencionou o nome do seu filho, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que também tem sido cotado pelas pesquisas à Presidência.
– Então ela pode ser candidata? Não sei. O outro é o Eduardo [Bolsonaro], que está nos Estados Unidos, que aparece em pesquisas por aí também, perdendo para o Lula, mas aparece. Tem muito tempo até lá. Eu não posso bater o martelo agora – ponderou.
Bolsonaro mostrou estar decidido a ir até o “último segundo” da luta para reverter sua inelegibilidade e garantir que seu nome esteja na chapa. Ele ainda disse que, embora “não possa obrigar”, gostaria que os governadores de direita se posicionassem mais claramente nesse sentido e questionassem a validade das acusações que o tiraram da disputa eleitoral.
– Costumo dizer: eleição sem meu nome na chapa é negação da democracia. Isso que Alexandre de Moraes faz lá fora é conhecido como law fare. Romênia, França, Estados Unidos. É para tirar de combate – assinalou.
Oswaldo Eustáquio Foto: Roque de Sá/Agência Senado
A Justiça da Espanha voltou a negar a extradição do jornalista Oswaldo Eustáquio Filho. Em decisão no último dia 5, a Audiência Nacional da Espanha rejeitou o recurso apresentado pelo Estado brasileiro, que pleiteava a possibilidade de intervir na ação e ser ouvido, e pedia que o comunicador foragido responda ao processo no Brasil.
Em resposta, o tribunal espanhol afirmou, segundo informações do jornal O Globo, que o Estado brasileiro não é parte do processo, mas sim o Ministério Público e Eustáquio, e portanto, não pode recorrer de maneira independente. Também argumentou que o MP não recorreu no prazo oportuno.– No presente caso, tendo decorrido mais de três dias a partir das respectivas notificações, sem que a defesa do reclamado ou o Ministério Público tenham interposto recurso de súplica contra a decisão que resolve a extradição proferida por este tribunal, o único recurso que se pretende apresentar contra referida decisão é o da República Federativa do Brasil, Estado requerente que, como já foi mencionado, sem prejuízo de que pudesse ter intervindo na audiência de extradição caso o tivesse solicitado oportunamente e tivesse sido autorizado conforme disposto no art. 14 da LEP, de acordo com o que já foi reiteradamente assinalado pelo Plenário, não é parte no processo e não pode recorrer de forma autônoma, podendo, se for o caso, apenas aderir ao recurso do Ministério Público – disse o tribunal.'
Em nota à CNN, a Advocacia-Geral da União (AGU) brasileira informou que vai recorrer novamente, e que dessa vez, o recurso deve ser apresentado por um advogado contratado na Espanha pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE). A AGU afirma que “devem ser adotadas todas as medidas cabíveis para permitir a extradição de Oswaldo Eustáquio Filho para o Brasil”.
O recurso apresentado pelo Estado brasileiro vai contra a decisão tomada pela Justiça espanhola em abril, quando os três juízes da Audiência Nacional consideraram a extradição improcedente “por ser uma conduta [o fato investigado] com evidente conexão e motivação política, uma vez que se realizaram dentro de uma série de ações coletivas de grupos partidários do sr. Bolsonaro, ex-presidente da República Federativa do Brasil e de oposição ao atual presidente, sr. Lula da Silva”.
Para os magistrados, a volta de Eustáquio para o Brasil apresenta o “risco elevado de que a situação dele no processo penal do Brasil possa ser agravada por causa de suas opiniões políticas”.
Além disso, o Ministério Público espanhol também se posicionou contra a extradição, dizendo que as violações das quais o comunicador é acusado não são crime na Espanha, e que ele está amparado pelo direito à liberdade de expressão do país.
– Os atos constituem, segundo a legislação brasileira, um crime de abolição violenta do Estado democrático de direito e golpe de Estado. Na legislação espanhola vigente, esses atos não constituem crime, ao estarem amparados pela liberdade de expressão. Portanto, a dupla incriminação normativa não se aplica – argumentou a procuradora espanhola Teresa Sandoval, solicitando o arquivamento da extradição.
Eustáquio se encontra em território espanhol desde 2023, e solicitou asilo político ao país. Ele é procurado por tentativa de abolição do Estado Democrático, além de ameaça e corrupção de menores, sob argumento de que teria usado as redes sociais da filha menor de idade para atacar servidores públicos.
O nome da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) passou a ser de fato considerado por líderes da direita brasileira como possível candidata à Presidência da República, após sua figura política ganhar cada vez mais “musculatura” e “amadurecimento”. É o que aponta o colunista Paulo Cappelli, do portal Metrópoles, que apurou uma série de motivos para o entusiasmo em torno de uma eventual candidatura de Michelle.
Entre os principais motivos, estão as recentes pesquisas eleitorais que mostram Michelle muito bem posicionada na disputa pelo Palácio do Planalto. A Futura Inteligência, por exemplo, divulgou no final de março que a esposa de Bolsonaro venceria o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em um segundo turno com 35,3% contra 29,9%.Outro motivo é o engajamento de Michelle nas articulações políticas do Partido Liberal (PL). Líder do PL Mulher, ela tem percorrido o Brasil e participado de manifestações convocadas pelo marido. A avaliação é que, se antes Michelle demonstrava falar somente para a camada evangélica, hoje seus discursos se expandiram e têm se tornado cada vez mais contundentes no cenário político.
Essa é a avaliação do pastor Silas Malafaia, que é líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (Advec) e uma das principais vozes conservadoras do Brasil.– Michelle reúne o apoio dos evangélicos, das mulheres e do bolsonarismo. Antigamente, Michelle só sabia falar o “evangeliquês”. Ela falava para dentro [do segmento religioso]. Agora, ela fala politicamente para fora. As pesquisas mostram Michelle pontuando melhor do que nomes como Tarcísio, Zema e Ratinho – pontuou Malafaia.
– No último discurso da anistia, Michelle agradeceu a Luiz Fux e, numa referência a Débora do batom, lembrou uma fala do Gilmar Mendes dizendo que mulheres com filhos pequenos não poderiam ficar muito tempo presas. Michelle rememorou essa fala do Gilmar sobre a ex-mulher do Sérgio Cabral. Ela está falando politicamente. Se acharam que iam se dar bem contra o Bolsonaro, com essa farsa de “inquérito do golpe”, o tiro vai sair pela culatra, porque vão ter de engolir a mulher dele – adicionou.
Outro fator que agrada aliados do ex-presidente é o entendimento de que, devido ao fato de Michelle ser mulher, seus opositores teriam que calibrar seus discursos e reduzir os tons nos debates para não soarem agressivos.
Para a dirigente nacional do PP e vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, Michelle “cresceu muito nos últimos dois anos”.
– Rodei o Brasil com ela nas eleições municipais. O que ela conseguiu abrir de diretório do PL Mulher no Brasil inteiro… Onde quer que se vá, em todas as regiões do Brasil, agora tem um braço da Michelle. O nome Bolsonaro, nacionalmente, é mais conhecido que o PL. Ela traria um lado muito humano para a candidatura e para a Presidência – opinou.
Uma das evidências de que Michelle tem ganhado cada vez mais espaço nos planos presidenciais é que ela já até mesmo possui cotados para vice. Segundo apurações do Poder360, os senadores Ciro Nogueira (PP-PI) e Rogério Marinho (PL-RN) são cogitados pela cúpula de aliados de Bolsonaro como opções de vice em uma eventual chapa com Michelle. Contudo, as discussões ainda são apenas preliminares.
Bolsonaro está inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A Corte entendeu que o ex-chefe do Executivo cometeu abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. Ele ainda não indicou um herdeiro político, pois segue tentando reverter a inelegibilidade a tempo de disputar o pleito.
Viatura da Polícia Federal Foto: Coordenação-Geral de Comunicação Social/PF
A Polícia Federal (PF) cumpre, nesta terça-feira (13), a quinta fase da Operação Sisamnes, que mira um esquema de venda de sentenças no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Os agentes cumprem 11 mandados de busca e apreensão, além do sequestro de bens e valores de aproximadamente 20 milhões de reais e apreensão dos passaportes dos suspeitos.
A corporação explica que a nova fase da operação visa “aprofundar a investigação em relação aos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, mercado de câmbio clandestino, evasão de divisas e organização criminosa”.As apurações da PF identificaram a existência de uma “rede financeira-empresarial de lavagem de dinheiro, criada para dissimular a origem ilícita das supostas ‘propinas’ lançadas para a compra de decisões judiciais proferidas no âmbito do Superior Tribunal de Justiça”.A nova fase da operação foi determinada pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF). A ação tem como alvo empresas que ocultaram e dissimulavam as propinas, além dos empresários por trás delas, operadores financeiros, casas de câmbio e também laranjas.
Para Zanin, há indícios de um “verdadeiro comércio de decisões judiciais”, no qual o empresário e lobista Andreson de Oliveira Gonçalves, tinha papel fundamental. Segundo o magistrado, Gonçalves “estabeleceu rede de contatos com magistrados e assessores de Ministros do STJ e de integrantes dos Tribunais de Justiça, bem como com uma série de intermediadores, a fim de auferir benefícios derivados de decisões judiciais e informações privilegiadas”. Gonçalves está preso desde o último dia 26 de novembro.
Família morre em acidente no Rodoanel Foto: Reprodução/TV Globo
Na tarde deste sábado (10), um grave acidente na região de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, envolvendo um carro de passeio e uma carreta, vitimou uma família inteira, membros da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC) de Santo André, município do Grande ABC paulista.
A colisão aconteceu por volta das 14h12, próximo ao km 80 do Rodoanel, na pista que segue em direção à Rodovia Presidente Dutra.
De acordo com a concessionária responsável pelo trecho, a SPMar, o impacto foi fatal para quatro pessoas que estavam no carro: Paulo (42 anos) e Tatiane (40 anos), juntamente com suas duas filhas, de 7 e 2 anos. Infelizmente, eles não resistiram aos ferimentos e foi a óbito.
O motorista da carreta também ficou ferido na colisão e foi encaminhado ao Hospital de Clínicas de São Bernardo para receber atendimento.
As informações iniciais indicam que o carro seguia na direção de Perus, atravessou a pista e colidiu com uma carreta que trafegava na direção oposta, rumo à Dutra, resultando no capotamento do veículo.
ADVEC SANTO ANDRÉ EMITE NOTA DE PESAR Neste domingo (11), a ADVEC de Santo André, dirigida pelo pastor Odilon Santos e sua esposa, a pastora e cantora Eyshila, manifestou pesar por intermédio das redes sociais da igreja.
Leia na íntegra: É com imenso pesar e profunda dor no coração que comunicamos o falecimento do nosso querido irmão, obreiro Paulo, sua amada esposa, irmã Tatiane, e suas duas preciosas filhinhas, Melinda e Maria.
A Família ADVEC de Santo André está profundamente abalada com essa tragédia que nos toca de maneira tão intensa. Neste momento de luto e consternação, nos unimos em oração e solidariedade aos familiares e amigos, pedindo que o Espírito Santo console e fortaleça a todos diante dessa perda irreparável.
Nos emocionamos com a lembrança da dedicação, do amor e da fé que essa família sempre demonstrou. Permanecerão para sempre em nossos corações e em nossa memória como exemplos de serviço, carinho e compromisso com o Reino de Deus.
“O Senhor está perto dos que têm o coração quebrantado e salva os de espírito abatido.” (Salmos 34:18)
Com amor e esperança na eternidade, Família ADVEC – Santo André
Em resposta ao apoio de Michel Temer por uma candidatura única da direita à Presidência em 2026, o pastor Silas Malafaia publicou em seu perfil no X uma mensagem ao ex-presidente, afirmando que ele “esqueceu” que é a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro quem está à frente nas pesquisas e “reúne os votos dos bolsonaristas, direita, mulheres e evangélicos”.
Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) têm evitado estabelecer uma “ordem de prioridade” de candidatos para substituir o ex-chefe do Executivo, que está inelegível, na disputa presidencial de 2026, mas busca reverter o quadro.Michelle e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), são os que aparecem mais bem posicionados nas pesquisas de intenção de voto. Tarcísio vem afirmando que pretende a reeleição estadual. Já ex-primeira-dama tem participado mais ativamente das manifestações convocadas por Jair Bolsonaro.
Michelle chegou a ser mencionada pelo marido como possível candidata à presidência. Bolsonaro afirmou que a apoiaria se a Casa Civil ficasse com ele, caso ela fosse eleita. No entanto, em declarações posteriores, o político conservador voltou a se colocar como única opção possível para o pleito.
A mudança de posicionamento do pastor, um dos “conselheiros” mais próximos de Bolsonaro, ocorreu diante de um movimento de Temer para unir cinco governadores em busca de uma terceira via para as próximas eleições.
Neste domingo (11), Temer afirmou ao programa Canal Livre, da Band, que tem sido procurado pelos governadores “presidenciáveis” para dar palpites, e que recomenda que todos os nomes lancem um projeto único para o Brasil.
– Eu vejo que, nas conversas que eu tive com alguns governadores, eles estão muito dispostos a uma coisa dessa natureza. Se saírem cinco candidatos deste lado e um único candidato do outro lado, é claro que o candidato do outro lado vai ter uma vantagem extraordinária – avaliou.
Temer disse ainda ter conversado com os governadores do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), além de Tarcísio, e há alguns meses com o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que acaba de se filiar ao PSD.
Na mesma entrevista, Temer afirmou que ele próprio não tem pretensão de lançar candidatura no próximo ano, e que já “cumpriu seu papel” passando por praticamente todos os cargos da República em 32 anos na vida pública.
Temer assumiu a Presidência da República em 2016, após o impeachment da petista Dilma Rousseff, de quem era vice. Deixou o Planalto em 2018, com baixa popularidade e sem concorrer nas eleições daquele ano. Agora, seu nome “viralizou” após ser citado em um post do consultor eleitoral Wilson Pedroso como possível candidato ao Planalto. A “brincadeira” do consultor acumulou mais de 2,8 milhões de visualizações, 121 mil curtidas e 46 mil compartilhamentos.
Os Estados Unidos e a China anunciaram nesta segunda-feira (12) uma série de medidas concretas para aliviar as tensões comerciais entre os dois países, incluindo a suspensão parcial das tarifas recíprocas mais recentes.
De acordo com uma declaração conjunta divulgada no final de uma nova rodada de negociações em Genebra, na Suíça, a China reduzirá as tarifas sobre produtos americanos de 125% para 10% nos próximos 90 dias, enquanto os Estados Unidos cortarão seus impostos sobre produtos chineses de 145% para 30% no mesmo período.
As duas potências também concordaram em estabelecer um mecanismo de consulta permanente, no que representa o gesto mais tangível de alívio das tensões desde o início da atual escalada tarifária. O novo mecanismo de diálogo será liderado pelo vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng; o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent; e o representante comercial americano, Jamieson Greer.
O representante comercial americano disse que as negociações do final de semana proporcionaram a primeira discussão direta com a China sobre a epidemia de consumo de fentanil nos EUA, o que levou Washington a pedir a Pequim que reprima a produção e exportação ilegais dos produtos químicos usados em sua fabricação.
– Houve um comprometimento surpreendente quando abordamos a crise do fentanil. Foi a primeira vez que a China entendeu a magnitude do que está acontecendo nos Estados Unidos – destacou Greer.
Por sua vez, o secretário do Tesouro dos EUA expressou grande satisfação com o resultado dos dois dias de reuniões com a China, destacando a disposição demonstrada em avançar nessas discussões e o respeito mútuo que prevaleceu ao longo do processo. Nesse sentido, ele enfatizou que um dos aspectos mais positivos dos encontros diretos entre China e Estados Unidos foi sua utilidade em “reparar relações”.
Bessent acrescentou que agora ambos os países têm um mecanismo de consulta que “evitará” outra escalada comercial agressiva como a vista nos últimos dois meses. A guerra comercial entre as duas potências se intensificou em abril com a imposição de novas tarifas recíprocas, que elevaram as taxas a níveis sem precedentes: 145% para produtos chineses e 125% para produtos americanos.
A startup Sun-Ways desenvolveu um mecanismo que pode transformar o espaço não utilizado entre os trilhos de trem em uma longa fazenda solar
Crédito: Sun-Ways
A energia solar é a chave para um futuro de energia limpa. Mas muita gente não quer fazendas solares de grande escala em seu quintal, muito por conta do espaço que elas ocupam e pelo impacto visual do conjunto de células fotovoltaicas na paisagem.
Esta situação é a razão pela qual as fazendas solares flutuantes estão se tornando cada vez mais populares. A Califórnia já está cobrindo alguns de seus canais com painéis solares e Coréia do Sul, França e Quênia, entre outros países, estão elevando painéis solares sobre palafitas e cultivando vegetais embaixo.
Mas em breve, os países que correm para atingir suas metas de zero líquido poderão contar com mais uma opção. A startup suíça Sun-Ways teve a ideia de colocar painéis solares entre os trilhos dos trens. Os painéis seriam instalados (e desinstalados para manutenção) por um trem especialmente construído com esse propósito, que os “desenrolaria” como um tapete.
Crédito: Sun-Ways
Por mais ousada que essa ideia pareça, a Sun-Ways na verdade tem dois concorrentes. A Greenrail e a Bankset Energy, localizadas respectivamente na Itália e na Inglaterra, já estão testando conceitos semelhantes.
Mas a Sun-Ways se destaca de duas maneiras. Por um lado, porque usa painéis de tamanho padrão, enquanto os outros usam painéis menores, que são colocados em cima das laterais dos trilhos. E, ao contrário de seus concorrentes, o equipamento da Sun-Ways não requer instalação manual.
A empresa está testando seu conceito em um projeto piloto de US$ 560 mil no oeste da Suíça. O piloto testará uma versão do mecanismo usando um trem normal adaptado. Correndo em um trecho de 40 metros perto da cidade de Neuchâtel, o trem vai instalar 60 painéis solares, transformando a lacuna entre os trilhos em uma faixa preta reflexiva – um verdadeiro tapete solar.
Crédito: Sun-Ways
Joseph Scuderi, executivo de marketing com experiência no setor de energia, fundou a Sun-Ways depois que teve a ideia pela primeira vez, enquanto esperava um trem e observava os trilhos. “É um espaço não utilizado”, diz Baptiste Danichert, cofundador da Sun-Ways.
Bill Nussey, fundador do Freeing Energy Project – cuja missão é acelerar a mudança para fontes de energia mais limpa e barata – diz que a ideia é intrigante e que “há muitas maneiras de fazê-la funcionar, mas [a Sun-Ways] terá que superar um uma série de grandes desafios, incluindo os detritos dos trens, a distância entre os painéis e o ponto de interconexão com a rede.”
Por enquanto, 100% da eletricidade gerada pelos painéis solares irá direto para a rede de energia, para abastecer as residências próximas. Mas, eventualmente, a equipe planeja usar parte dessa eletricidade para alimentar os próprios trens que circulam acima dos painéis.
De acordo com Danichert, cinco mil quilômetros de “trilhos solares” (que é o comprimento atual de toda a rede ferroviária suíça) podem gerar 1 gigawatt de energia por ano – energia suficiente para abastecer cerca de 750 mil residências.
Crédito: Sun-Ways
Considerando que existem mais de um milhão de quilômetros de linhas ferroviárias em todo o mundo, o potencial pode ser enorme, mesmo que o sistema não possa ser instalado em todos os trilhos. Mas o mais importante é que não ocuparia nenhum espaço de terras agrícolas ou florestas e não arruinaria nenhuma paisagem.
Para o próximo piloto, a equipe está usando um trem já existente, mas, eventualmente, eles planejam usar um personalizado. Será composto por dois vagões, um para armazenar os painéis solares antes de serem instalados e outro para instalá-los.
Uma vez colocados, os painéis permanecerão nos trilhos por tempo indeterminado, ou até que seja necessária alguma manutenção. Se for o caso, o mesmo trem passará pela linha e seguirá o mesmo processo, mas em sentido inverso.
Danichert observa que o trem personalizado ajudará a acelerar consideravelmente o processo, de 250 metros por hora para um quilômetro por hora.
Carla Zambelli Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) emitiu uma nota sobre seu julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). Ela se manifestou após os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e Flávio Dino votarem para condenar a parlamentar a dez anos de prisão em regime fechado por supostamente comandar a invasão de sistemas usados pelo poder Judiciário, junto do hacker Walter Delgatti, com o objetivo de alterar informações oficiais.
Relator do caso, Moraes votou primeiro, e Dino seguiu seu entendimento. Eles ainda sugeriram pena de oito anos e três meses de prisão para Delgatti. Junto de Zambelli, o hacker ainda teria que pagar uma indenização de R$ 2 milhões.Os crimes teriam sido cometidos entre agosto de 2022 e janeiro de 2023, de acordo com denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR). As supostas invasões teriam ocorrido 13 vezes, e em uma delas, foi inserida uma ordem de prisão contra Moraes, quebra do sigilo bancário e bloqueio de bens.Na nota, Zambelli expressa seu “mais profundo sentimento de inconformismo diante do voto proferido pelo ministro Alexandre de Moraes”.
– Em respeito à população brasileira e à confiança que quase 1 milhão de eleitores depositaram em mim, venho expressar meu mais profundo sentimento de inconformismo diante do voto proferido pelo ministro Alexandre de Moraes, nesta manhã, que, ignorando os fatos e a ausência de provas nos autos, optou por me condenar injustamente – destacou.
Ela apontou perseguição política.
– Estou sendo vítima de uma perseguição política que atenta não apenas contra minha honra pessoal, mas também contra os princípios mais elementares do Estado de Direito. O que está em julgamento não são ações concretas, mas minha postura firme, minha voz ativa e minha defesa inabalável dos valores conservadores que represento. Repito: não há qualquer prova que sustente essa condenação. O que existe é uma tentativa clara de silenciar uma mulher de direita, deputada eleita pelo povo, que não se curva diante de abusos de poder. Sigo com a consciência tranquila, pois jamais agi com dolo, violência ou má-fé, e nunca cometi qualquer ato criminoso punível pela legislação brasileira.Carla Zambelli também agradeceu o apoio que tem recebido.
– Apesar da dor de ver a justiça terrena falhar, minha fé permanece inabalável. Confio plenamente na Justiça de Deus — soberana, reta e incorruptível. Ele conhece meu coração e sabe da verdade que sustento. Minha única fonte de renda é o salário do meu trabalho como deputada. Um político honesto, que vive do próprio salário, jamais teria recursos para pagar uma multa despropositada que ultrapassa R$ 4,5 milhões, referente aos dois julgamentos em curso na Corte. Trata-se de algo que extrapola qualquer limite do razoável. Agradeço o apoio que tenho recebido de tantas pessoas que compreendem que este processo ultrapassa as fronteiras jurídicas e adentra o perigoso território da perseguição ideológica. Continuarei de pé, sem jamais abandonar os princípios que me trouxeram até aqui. Só termina quando Deus disser que acabou. A verdade prevalecerá.
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