O Ministério da Agricultura publicou na noite desta segunda-feira (22), em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), a Portaria 587, que confirma a declaração de estado de emergência zoossanitária em todo o território nacional, por 180 dias, em função da detecção da infecção pelo vírus da influenza aviária H5N1 de alta patogenicidade (IAAP) em aves silvestres no Brasil.
A Portaria também prorroga, por tempo indeterminado, a vigência da Portaria 572, de 29 de março de 2023, que estabelece medidas preventivas contra o ingresso e a disseminação da influenza aviária de alta patogenicidade.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) divulgou nota mais cedo, nesta segunda, na qual afirma que a medida adotada pelo Ministério da Agricultura já era “prevista e amplamente discutida” com o setor produtivo.
Para a ABPA, o único propósito da portaria é a “desburocratização de processos para ganhar maior agilidade nas ações de monitoramento e eventuais necessidades de ações de mitigação”.
O governo do Mato Grosso do Sul vai oferecer cirurgias reparadoras para alunos da rede pública de ensino que estão sofrendo bullying por questões estéticas, como a “orelha de abano” e miopia de “fundo de garrafa”. O projeto faz parte do programa Mais Saúde, lançado nesta segunda-feira (8), para reduzir a fila de cirurgias eletivas (sem urgência) no estado.
Segundo o governo, só no ano passado foram registrados 150 casos de violência escolar na rede estadual em função de alguma situação estética.
O Mais Saúde conta com investimentos de R$ 52 milhões e deve ajudar a zerar a fila por cirurgias eletivas, atualmente com cerca de 15 mil pessoas. Conforme o assessor de comunicação da Secretaria de Governo, Alexsandro Nogueira, crianças e adolescentes que já tiveram problemas de bullying identificados pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública foram encaminhadas à coordenadoria de suporte psicossocial e, na maioria dos casos, para a rede pública de saúde.
– Esse é o público que já está na fila dos procedimentos: crianças com orelha de abano, nariz adunco, crescimento excessivo das mamas e problemas oftalmológicos, como estrabismo e alto grau de miopia – disse.
De acordo com ele, não serão incluídas inicialmente cirurgias para obesidade, já que não há consenso sobre a aplicação nesses casos. Ainda segundo o gestor, é preciso que as crianças e os pais concordem com o tratamento.
– Isso já aconteceu em alguns casos que estão na fila dos procedimentos, mas estamos levantando outras crianças que podem passar por essas correções. Como são cirurgias reparadoras, não apenas estéticas, serão usados recursos do SUS (Sistema Único de Saúde) – disse.
No caso da otoplastia, cirurgia para corrigir as chamadas orelhas de abano, o SUS cobre o procedimento quando houver comprovação médica de que essa condição afeta a saúde da pessoa ou interfere, de forma grave, em seu bem-estar.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), cerca de 5% da população mundial é afetada pelo problema que, além do desconforto estético, impacta diretamente na autoestima das pessoas. É muito comum que essas pessoas sofram situações de bullying, baixa autoestima, sensação de insegurança e até mesmo distúrbios psicológicos.
Para a cirurgiã plástica Luciana Pepino, membro especialista da SBPC, os procedimentos de fato resolvem o problema estético, mas são necessários outros cuidados.
– As consequências emocionais e psicológicas podem ser permanentes, mesmo depois de cirurgias reparadoras, como a rinoplastia (correção do nariz) e otoplastia, as mais procuradas nesses casos. Isso ocorre porque os danos causados pela prática de bullying podem ficar tão fortemente enraizados no psique que só a cirurgia plástica não dá conta. Ela repara o lado estético do adolescente, mas o emocional precisa de acompanhamento especializado – disse.
O presidente da SBPC no Mato Grosso do Sul, cirurgião plástico Cesar Benavides, considerou “muito boa” a iniciativa do governo estadual e tem esperança de que seja adotada em outros estados.
– A aparência tem um peso muito grande sobretudo na adolescência e acaba sendo um problema, principalmente em escolas públicas, onde muitas vezes o aluno que sofre bullying não tem coragem de tomar uma atitude.
– O procedimento para orelha de abano pode ser programado para após os cinco anos; já o do nariz deve se esperar mais. Para a menina, até os 16 anos e para o garoto, até os 17. Antes, não recomendamos.
Ele falou da importância das autoridades estarem atentas para essa questão pelo impacto que ela representa para a auto-estima da criança.
– Já recebi um um menino que colou a orelha à cabeça com cola de secagem rápida, com risco de produzir uma infecção.
O crescimento das mamas em meninos na adolescência, período de formação dos grupos sociais, gera constrangimento e dificuldade nas relações de amizade e namoro.
– Eles, assim como as meninas com hipertrofia da mama (seios excessivamente grandes), acabam sofrendo bullying e se excluem.
O especialista alerta que o apoio psicológico é fundamental antes mesmo da cirurgia.
– O adolescente precisa ser lembrado de que algumas dessas cirurgias deixam cicatrizes e terão de conviver com elas.
Ele reforça que, muitas vezes, o problema da criança ou do adolescente não se restringe à questão estética.
– É preciso saber se o que incomoda é só o bullying na escola ou tem algo mais. Às vezes, a cobrança está dentro da família. Tratar só o externo sem investigar o que acontece internamente não resolve. Às vezes a postura precisa mudar dentro de casa. Quantos pais sentem dificuldade em elogiar o filho, elevar sua autoestima. É preciso uma abordagem multiprofissional – disse.
Cirurgias que serão oferecidas a alunos da rede pública do MS:
– Rinoplastia (melhora a aparência e a proporção do nariz e também pode corrigir dificuldade respiratória)
– Otoplastia (correção para as chamadas orelhas de abano)
– Ginecomastia (mamas com aspecto feminino em homens)
– Mamoplastia redutora (remove o excesso de gordura da mama para atingir um tamanho proporcional com o corpo e aliviar o desconforto associado com seios muito grandes)
– Cirurgia de estrabismo (corrige o desalinhamento dos olhos, reposicionando o globo ocular)
Régis Mota e seus três filhos: Anna, Pedro e Beatriz Foto: Reprodução Instagram
Pelas redes sociais, o corretor de imóveis Régis Feitosa Mota, 53 anos, comunicou aos seus seguidores que iniciará, nesta segunda-feira (30), mais um tratamento contra o câncer. Esta é a terceira vez que ele é diagnosticado com a doença.
Mota tem sua história conhecida nas redes sociais por ser portador da Síndrome Li-Fraumeni, uma alteração genética que aumenta a probabilidade em até 90% de ele desenvolver câncer.
Essa condição genética foi passada para os seus três filhos: Anna Carolina, Pedro e Beatriz. Todos os três faleceram vítimas de câncer.
– Em menos de dois meses após o falecimento da minha filha Anna Carolina, realizei cirurgias no pescoço e fêmur, e descobri infelizmente mais um diagnóstico de câncer, o 12º no acumulado eu e meus filhos – revelou o morador de Fortaleza, capital do Ceará.
Há anos ele faz tratamento de leucemia linfoide crônica e linfoma não Hodgkin. Agora, ele inicia tratamento de um mieloma múltiplo. O câncer dessa vez, atinge o seio frontal da face que está comprometendo a musculatura de seu olho esquerdo.
– Vocês acompanharão passo a passo desta nova batalha que se inicia, que será da mesma maneira com que venho me tratando e vivendo. Sempre com muita fé, alegria, otimismo e esperança – revelou.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está pedindo reforço de medidas não farmacológicas, como distanciamento, uso de máscara e higienização frequente de mãos, em aeroportos e aeronaves, para retardar a entrada do vírus da varíola dos macacos no Brasil. Desde o início do mês, ao menos 120 ocorrências da doença foram confirmadas em 15 países.
O Ministério da Saúde instituiu ontem uma sala de situação para monitorar o cenário da monkeypox no Brasil..
A rara doença pode chegar nos próximos dias, segundo especialistas. No domingo foram registrados casos suspeitos na vizinha Argentina. A varíola dos macacos é, na verdade, doença original de roedores silvestres, mas isolada inicialmente em macacos. É frequente na África, mas de ocorrência muito rara em outros continentes.
Cientistas acreditam que o desequilíbrio ambiental esteja por trás do atual surto, mas não veem razão para pânico.
– Acho muito difícil que [a doença] não chegue aqui – afirmou o presidente da Sociedade de Infectologia do Distrito Federal, José David Urbaez.
E completou:
– Mas se trata de uma doença considerada benigna – destacou.
Além disso, existem tratamento e vacinas.
Mas é necessário alerta, segundo a Chefe da Divisão de Moléstias Infecciosas e Parasitárias do Hospital das Clínicas da USP, Anna Sara Levin.
– Essa transmissão pessoal é um pouco preocupante, temos de entender se houve uma adaptação do vírus ou contato muito intenso entre as pessoas – destacou.
José David Urbaez afirmou que apesar do problema, a vigilância “está sensível”.
– É mais um problema que vem se somar ao nosso quadro atual. (…) O ponto positivo é que a nossa vigilância está muito sensível, conseguindo detectar os problemas em tempo real – apontou Urbaez.
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