Rodrigo Pacheco e André Fernandes Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado; Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
O deputado federal André Fernandes (PL-CE), autor do requerimento da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, mostrou-se irritado com mais uma manobra do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), contra a instauração da comissão, adiando a sessão do Congresso.
Fernandes disse que Pacheco mostra-se um “presidente fraco” e que “não tem palavra”.– Não tem outra solução que não seja obstruir totalmente. Não votaremos nada até que aconteça a sessão do Congresso – afirmou.
O parlamentar acredita que se a oposição não agir, Pacheco vai tornar a adiar a sessão, até que consiga desmobilizar a CPMI.
– Teve acordo para que a sessão do Congresso acontecesse hoje. Agora o governo amanheceu recuando. Eles mentem e não cumprem nada – reclamou Fernandes.
Rodrigo Pacheco havia marcado a sessão para esta terça-feira (18), às 12h, mas cedeu aos governistas e adiou para quarta-feira (26).
O governo quer o adiamento da sessão para ganhar tempo, no intuito de convencer mais parlamentares a retirarem suas assinaturas do requerimento. Neste momento, a CPMI possui a adesão de 194 deputados e 37 senadores, muito além do necessário para a instauração da comissão, que exige 171 deputados federais e 27 senadores.
Uma queixa-crime foi apresentada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado federal André Janones (Patriota-MG). Bolsonaro aponta injúria e calúnia. As informações são do Metrópoles.
O ex-chefe do Executivo citou os tuítes em que Janones se refere a ele como “miliciano ladrão de joias”, “ladrãozinho de joias”, e “assassino”, além de afirmar que ele “matou milhares na pandemia”.
– As manifestações do querelado não estão acobertadas pela imunidade parlamentar (artigo 53 da CRFB), uma vez que as ofensas proferidas deliberadamente, sem qualquer contextualização ou veracidade, não guardam relação com o debate político, não são críticas políticas e, muito menos, confronto de ideias – aponta o advogado de Bolsonaro, Antonio Carlos Fonseca.
Míriam Leitão fez comentários sobre o que chamou de “declarações infelizes de Lula”na China. A avaliação da jornalista foi publicada, no último domingo (16), no jornal O Globo.
O texto foi intitulado “As trapalhadas na visita à China”. Segundo Míriam, o petista “errou ao falar e ao não falar”. Ela observou ainda que o atual presidente brasileiro “fez improvisos infelizes, que mostraram pouca sabedoria para lidar com as relações internacionais”.
– O presidente Lula estava com tudo preparado para ganhar a visita à China, mas errou ao falar e ao não falar. Não quis dar entrevista à imprensa brasileira, hábito que até os ditadores militares seguiam quando em viagem ao exterior. No dia seguinte, pediu desculpas. Fez improvisos infelizes, que mostraram pouca sabedoria para lidar com as relações internacionais. (…) Não é necessário dar gritos de independência em relação aos Estados Unidos, só por estar em solo chinês – escreveu.
A jornalista fez uma avaliação negativa do que Lula disse sobre o dólar. Ao defender o uso de moedas locais entre as economias que formam o Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), Lula sugeriu uma moeda alternativa não apenas para as transações comerciais, mas também uma opção para driblar as sanções impostas pelos americanos.
– A declaração do presidente contra o dólar não faz sentido algum. Ninguém precisa perder noite de sono se perguntando por que o dólar é a moeda mais usada no comércio internacional. Não existe qualquer obrigação de se transacionar com o dólar, mas tem sido a moeda de referência, porque tem mais liquidez e um emissor confiável. (…) É meio patético ficar na China mandando recados desaforados para os Estados Unidos. Não é uma questão de escolha entre a China e os Estados Unidos. O desejável é ter boas relações com ambos. Em outro momento infeliz, Lula atacou o FMI na posse da ex-presidente Dilma Roussef no comando do Banco do Brics, dizendo que a instituição “asfixia” os países. (…) De novo, é o Brasil se colocando em patamar inferior ao que já alcançou – destacou ainda Míriam Leitão.
No Twitter, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) reagiu ao que a jornalista escreveu.
– Sim, estamos todos envergonhados e apreensivos com as péssimas e temerosas declarações que este presidente deu lá na China – comentou.
Felipe Moura Brasil saiu em defesa de Sergio Moro Fotos: Reprodução/CNN Brasil //Reprodução/Vídeo redes sociais
Felipe Moura Brasil, âncora da CNN, publicou em sua rede social uma extensão do vídeo que resultou em um pedido de prisão do senador Sergio Moro (União Brasil-PR) feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
O jornalista contextualizou a polêmica fala do ex-juiz sobre “comprar um habeas corpus” do ministro do STF Gilmar Mendes.
em uma festa junina em meio à brincadeira de “prisão”, popular na festividade. A brincadeira consiste em uma pessoa ser presa, indicada por alguém da festa, só podendo sair mediante o pagamento de uma prenda.
Moro, que estava acompanhado de sua mulher, Rosângela Moro, foi conduzido à prisão fictícia. Logo depois, ele profere a declaração sobre o ministro Gilmar Mendes.
– No Brasil, o sistema solta os envolvidos em suborno e quer prender quem faz piada com isso. A vingança chegou – disparou Felipe Moura na legenda da publicação.
Sergio Moro repercutiu a postagem do jornalista.
– A recente postagem do Felipe Moura Brasil esclarece tudo (…). Tenho divergências sérias com o ministro Gilmar Mendes, mas nunca o acusei de crimes. O culpado pela ofensa ao ministro Gilmar é quem na sexta-feira editou e divulgou trechos do vídeo com malícia. Eu, da minha parte, nunca tive o vídeo. Acho estranha e repudio a denúncia relâmpago. Se a PGR tivesse me ouvido antes, explicaria tudo – escreveu o ex-juiz.
O senador disse ainda que não postaria o vídeo, pois “do jeito que as coisas andam, é capaz de me prenderem”.
Em resposta, Felipe Moura discorreu sobre como fazer jornalismo.
– Jornalismo é assim: apura, contextualiza e analisa os fatos que instituições politizadas omitem e distorcem quando desejam punir desafetos do sistema, sem sequer ouvi-los, com a complacência de gente que deixou de ser jornalista para embarcar na vingança.
Adélio Bispo de Oliveira Foto: Folhapress/Guilherme Leite
Uma investigação da Polícia Federal que está em andamento cita uma possível relação da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) com pagamentos feitos para a defesa de Adélio Bispo, autor da facada contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em setembro de 2018. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (19) pelo jornal Folha de São Paulo.
De acordo com o veículo, a tese é fundamentada em pagamentos feitos por acusados de integrar a facção e que tiveram como destinatário um dos advogados que defendeu Adélio. Os repasses, porém, foram feitos dois anos depois do crime contra Bolsonaro. Ainda segundo a Folha, integrantes da atual direção da PF consideram a hipótese como inconsistente.
O novo andamento do inquérito aconteceu após a Justiça autorizar o acesso ao conteúdo do celular de um dos advogados que fizeram parte da defesa de Adélio e depois de um novo delegado da PF assumir o caso. Já a inconsistência apontada pela cúpula da Polícia Federal estaria justamente no fato de que os pagamentos sob suspeita foram realizados apenas dois anos após o atentado.
SOBRE OS PAGAMENTOS SUSPEITOS Para embasar a linha de apuração que envolve o advogado Fernando Costa Oliveira Magalhães – um dos profissionais que integrou a banca que fez a primeira defesa de Adélio – e a facção criminosa, a investigação cita ao menos quatro suspeitas.
A primeira delas é a descoberta, por meio do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), de pagamentos fracionados de R$ 315 mil feitos em 2020 por pessoas ligadas à facção para uma empresa no nome de Magalhães.
A segunda envolve o fato de que esse montante é próximo ao valor citado por Zanone Oliveira Junior, que fez a defesa de Adélio, sobre o quanto ele teria cobrado caso tivesse ficado no caso até eventual chegada de recursos ao Supremo Tribunal Federal. O defensor disse que o valor seria entre R$ 150 mil e R$ 300 mil.
Houve também a descoberta de um registro no livro-caixa de Zanone com pagamento de R$ 25 mil e a rubrica “caso Adélio”. Além disso, uma outra suspeita residiria no fato de que um grupo de troca de mensagens entre os advogados no aplicativo WeChat tinha como nome “Adélio PCC”.
Segundo a investigação, os R$ 315 mil seriam oriundos de empresas consideradas laranjas e utilizadas pelo “Setor de Ajudas” do PCC, uma estrutura que tem como função custear despesas de integrantes da facção. Já no grupo do WeChat, acessado a partir do celular de Zanone, as conversas tinham como assunto a preocupação com o fato de Magalhães ter defendido membros do PCC.
ADVOGADO NEGA RELAÇÃO DE PAGAMENTOS COM CASO ADÉLIO À Folha, o advogado Fernando Magalhães disse que os repasses feitos para sua empresa não têm relação com a defesa de Adélio e que os pagamentos “estão relacionados à defesa dos interesses de clientes”. O advogado alegou também que nunca teve relação com o PCC e que os valores recebidos para a defesa de Adélio estão relacionados a Zanone Junior.
– Quanto aos valores recebidos para a defesa de Adélio, tal contrato e tabulações são exclusivamente relacionadas ao Dr. Zanone Junior. Eu, Fernando Magalhães, fui convidado pelo mesmo a auxiliar na defesa, tive sério e enorme prejuízo com a causa, de ordem pessoal, familiar e financeira – declarou.
Sobre o grupo de advogados que foi batizado de “Adélio PCC”, o delegado disse ter sido “uma galhofa impensada de um dos advogados”. A Defensoria Pública da União, que atualmente representa Adélio, disse não ter sido notificada da nova investigação da PF e, portanto, não comentaria o caso.
O ex-juiz da Lava Jato e senador Sergio Moro (União Brasil-PR) se pronunciou sobre a denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF) onde é formalizado o pedido de prisão do ex-ministro da Justiça, após a divulgação de um vídeo em que Moro aparece dizendo sobre “comprar um habeas corpus” do ministro Gilmar Mendes.
Moro argumenta que as falas em questão foram subtraídas do contexto original e nega que haja “acusações intencionais” contra o ministro da mais alta Corte do país e atribuiu a denúncia ao governo federal.
– Me preocupo, dentro desse mesmo contexto, que o governo federal busque cercear a liberdade de expressão. É claro que ela não abrange ofensas, é claro que ela não abrange ameaças, mas, claramente, naqueles fragmentos manipulados, não há nenhuma acusação contra o ministro Gilmar Mendes, não há nenhuma ofensa intencional ao ministro. O que existe são falas descontextualizados e divulgadas em fragmentos, para falsamente me colocar como alguém contrário ao Supremo Tribunal Federal e ao próprio ministro. O que nunca fui – disse Moro.
O parlamentar destacou que sempre se dirigiu de maneira respeitosa ao tribunal.
– Sempre quando falei do Supremo, critiquei o Supremo respeitosamente. Elogiei o papel que o Supremo teve no passado, no combate à corrupção, e lamento que o procurador-geral da República veja com tanta facilidade a possibilidade de denunciar um senador da República e pedir sua prisão. Não creio que esse seja o Brasil que nós queremos – pontuou o ex-juiz.
A denúncia foi apresentada pela vice-procuradora geral da República, Lindôra Araújo. No entendimento dela, o parlamentar “agiu com a nítida intenção de macular a imagem e a honra objetiva do ofendido, tentando descredibilizar a sua atuação como magistrado da mais alta Corte do país”.
– Em data, hora e local incertos, o denunciado Sergio Fernando Moro, com livre vontade e consciência, caluniou o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Ferreira Mendes, imputando-lhe falsamente o crime de corrupção passiva, previsto no artigo 317 do Código Penal, ao afirmar que a vítima solicita ou recebe, em razão de sua função pública, vantagem indevida para conceder habeas corpus, ou aceita promessa de tal vantagem – diz trecho da denúncia de Lindôra.
Walter Casagrande publicou uma retratação após criticar a deputada Carla Zambelli. Ele se manifestou por meio de uma nota.
O jornalista esportivo se retratou porque, em 2022, chamou a parlamentar de “pistoleira”. O comentário foi feito em um artigo. As informações são do colunista Paulo Cappelli, do Metrópoles.
Agora, em sua retratação, Casagrande destacou que não quis dar a conotação da palavra no sentido pejorativo.
– No referido artigo, esclareço que em nenhum momento quis dar a conotação da palavra “pistoleira” no sentido pejorativo, depreciativo, ou de que a deputada sra. Carla Zambelli seria uma mulher vagabunda, ou seja, que faria atos libidinosos em troca de dinheiro. O sentido dado por mim era na literalidade, ou seja, de alguém na posse de uma pistola – disse o jornalista.
Já sobre a afirmação de que Zambelli teria fugido do Brasil após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições, ele disse que se baseou em informações da imprensa.
– Em recente contato com a sra. Carla, tomei conhecimento de que a viagem foi feita a trabalho, a serviço da Câmara dos Deputados.
A nota de Walter Casagrande faz parte de um acordo entre ele e a deputada, que acionou a Justiça.
Rodrigo Pacheco Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar os atos de 8 de janeiro poderá ter início no dia 18 de abril. Tudo dependerá da confirmação de sua viagem na comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à China, que será entre os dias 12 e 15 de abril.
A agenda de Lula no país asiático foi adiada devido ao quadro de pneumonia diagnosticado no petista em 25 de março. Pacheco iria na comitiva, porém, após o adiamento, ele ainda não confirmou a sua ida.
Nesta terça-feira (4), o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) compartilhou no Twitter a informação passada pelo presidente do Senado diretamente a ele.
– Senador Rodrigo Pacheco acaba de me enviar a seguinte mensagem: “A se confirmar a missão oficial na próxima semana, designarei a sessão para meio dia de terça, dia 18″ – compartilhou o jovem parlamentar.
A proposta de CMPI precisa ser lida por Pacheco na sessão conjunta de Câmara e Senado para o colegiado ser criado. Caso a sessão de 18 de abril seja adiada, a oposição vai acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) contra o senador.
Ataque à creche em Blumenau Foto: Reprodução/YouTube Balanço Geral
O delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Ulisses Gabriel, revelou em coletiva de imprensa, nesta quarta-feira (5), que o homem apontado como o assassino de quatro crianças, em ataque à creche Bom Jesus, em Santa Catarina, teve diversas passagens pela polícia e possui grande histórico criminal.
Identificado como Luiz Henrique de Lima, o assassino esfaqueou seu próprio padrasto, em 2021, e no ano seguinte foi pego com cocaína. Ainda em 2022, ele também foi autuado por quebrar o portão da casa do padrasto e esfaquear um cachorro.
Além de ter tirado a vida de quatro crianças, o criminoso de 25 anos feriu outras quatro quando pulou o muro da creche, em Blumenau, e deu início aos ataques.
A quebra dos sigilos telemático e telefônico do assassino já foi solicitada.
– Vamos fazer uma análise do perfil psicológico desse indivíduo para que possamos traçar comportamentos e começar uma sistemática em Santa Catarina de perfis que possam praticar esses ilícitos. Vamos avaliar condutas prévias – disse o delegado.
Luiz é natural de Salto do Lontra, Paraná, mas tem seus documentos registrados em Santa Catarina desde 2019, segundo levantamento feito pela polícia.
Ele terá de responder pelos quatro homicídios triplamente qualificados e quatro tentativas de homicídio triplamente qualificadas. Serão investigadas todas as circunstâncias que precederam o crime, “desde a motivação até o planejamento”.
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