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Ex-Abin esclarece operação da PF: “Sistema não faz interceptação” Dois agentes da Abin foram presos e 25 localidades foram vasculhadas

 

Delegado Ramagem Foto: Gilmar Félix / Câmara dos Deputados

O deputado federal Delegado Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), esclareceu a operação da Polícia Federal (PF) deflagrada nesta sexta-feira (20).

Com o nome de Operação Última Milha, a ação investiga servidores da Abin que supostamente usaram indevidamente o sistema de geolocalização de celulares do órgão para coerção.

Ramagem usou o X, antigo Twitter, para explicar o sistema que os servidores são acusados de terem usado para coagir pessoas; ele foi adquirido em 2018 e não faz interceptação de chamadas.

– O referido sistema não faz interceptação, mas demonstrava fazer localização. Mesmo tendo passado por prova de conceito técnico e parecer favorável da AGU para aquisição [2018], nossa gestão resolveu encaminhar à corregedoria para instaurar correição – explicou o deputado.

E continuou:

– A operação de hoje só foi possível com esse início de trabalho de austeridade promovido na nossa gestão [governo Bolsonaro]. Rogamos que as investigações prossigam atinentes a fatos, fundamentos e provas, não se levando por falsas narrativas e especulações.

ENTENDA O CASO
Com ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), os agentes da PF prenderam dois agentes da Abin e vasculham 25 locais nesta manhã. Os endereços investigados estão localizados em Brasília, no Distrito Federal; Alexânia, em Goiás; São Paulo e São José dos Campos, em São Paulo; Curitiba e Maringá, no Paraná; além de Florianópolis, São José e Palhoça, em Santa Catarina.

A ofensiva mira supostos crimes de invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.

De acordo com a PF, o grupo sob suspeita teria usado um “software intrusivo na infraestrutura crítica de telefonia brasileira” para rastrear celulares “reiteradas vezes”. A corporação informou que os servidores presos usaram o “conhecimento sobre o uso indevido do sistema como meio de coerção indireta para evitar a demissão” em processo administrativo disciplinar do qual eram alvo.

FONTE:PLENO NEWS

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