Os Estados Unidos e a China anunciaram nesta segunda-feira (12) uma série de medidas concretas para aliviar as tensões comerciais entre os dois países, incluindo a suspensão parcial das tarifas recíprocas mais recentes.
De acordo com uma declaração conjunta divulgada no final de uma nova rodada de negociações em Genebra, na Suíça, a China reduzirá as tarifas sobre produtos americanos de 125% para 10% nos próximos 90 dias, enquanto os Estados Unidos cortarão seus impostos sobre produtos chineses de 145% para 30% no mesmo período.
As duas potências também concordaram em estabelecer um mecanismo de consulta permanente, no que representa o gesto mais tangível de alívio das tensões desde o início da atual escalada tarifária. O novo mecanismo de diálogo será liderado pelo vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng; o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent; e o representante comercial americano, Jamieson Greer.
O representante comercial americano disse que as negociações do final de semana proporcionaram a primeira discussão direta com a China sobre a epidemia de consumo de fentanil nos EUA, o que levou Washington a pedir a Pequim que reprima a produção e exportação ilegais dos produtos químicos usados em sua fabricação.
– Houve um comprometimento surpreendente quando abordamos a crise do fentanil. Foi a primeira vez que a China entendeu a magnitude do que está acontecendo nos Estados Unidos – destacou Greer.
Por sua vez, o secretário do Tesouro dos EUA expressou grande satisfação com o resultado dos dois dias de reuniões com a China, destacando a disposição demonstrada em avançar nessas discussões e o respeito mútuo que prevaleceu ao longo do processo. Nesse sentido, ele enfatizou que um dos aspectos mais positivos dos encontros diretos entre China e Estados Unidos foi sua utilidade em “reparar relações”.
Bessent acrescentou que agora ambos os países têm um mecanismo de consulta que “evitará” outra escalada comercial agressiva como a vista nos últimos dois meses. A guerra comercial entre as duas potências se intensificou em abril com a imposição de novas tarifas recíprocas, que elevaram as taxas a níveis sem precedentes: 145% para produtos chineses e 125% para produtos americanos.
*EFE
FONTE:PLENO NEWS
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